Nunca é fácil recomeçar ou se terminar uma história ou uma
situação, mesma que ela esteja trazendo angústia e sofrimento, sempre nos
apegamos em nossos medos, medo do que perderemos e o de que poderemos encontrar.
Virar a página e começar uma nova história com novo cenário
e novos personagens parece assustador, mas não podemos contar e recontar a
mesma história várias vezes, as folhas já estão gastas e amareladas, algumas já
soltas ou rasgadas, mesmo que manipulemos com calma, não se evita um novo dano.
O livro de histórias que encantavam e traziam muitos
significados em seu início, com o passar do tempo já não traz surpresas e suas histórias
já não emocionam como antes, restando ao aos mais conservadores tentar
restaurar e dar sentidos a velhas histórias, na ânsia de não se por um ponto
final no seu livro de cabeceira.
Suas histórias de amor, alegrias, tristezas, dúvidas,
certezas, medos, contos inacabados, faz com que os mais conservadores não se
deixem seduzir pelo novo, mas teimem ficar com as mesmas velhas histórias...
Virar a página é crer
que a dor, o sofrimento e o medo serão menores, pois novas histórias poderão
ser escritas.
Abandonar, deixar partir é sofrido, mas necessário, algumas
perdas são necessárias pra nos mostrar que algo bom e novo só poderá entrar se
houver espaço, ou seja, só podemos escrever uma nova história se a folhas
estiverem em branco.
Mas o bom é que podemos trazer todos os bons momentos que as
velhas histórias nos deram guardá-las em nossa lembrança e dentro do nosso
coração.
Recomeçar... salto de fé no escuro...

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