O ser tímido
parece aquele um tanto reprimido desde a infância por algum feito interpretado
pelo adulto como algo abusivo, ou seja, o tímido parece ser aquele que num dado
momento pensou estar agradando ou falando a coisa certa, tendo a atitude
correta e foi desmontado, por assim dizer por outrem.
No caso
das crianças, às vezes, poderá ter sido pelo fato de ter levado uma
"bronca" de alguma pessoa significativa de sua relação, pai, mãe,
tios, avós, irmãos, amigo querido, etc.
A timidez
parece vir de uma desmontagem da estrutura psíquica, tem a ver com a certeza de
estar agradando e não perceber que outrem desaprova suas atitudes.
Como uma
arvore que cresce desordenadamente, livre, sem limites, que para viver num
ambiente urbano precisa ser podada, assim também uma criança o deve ser, às
vezes, para poder crescer ordenadamente, conforme os ditames sociais.
A timidez
se instala na psique, creio, a partir de uma reprovação do Outro, daquele
que a criança, no caso, está querendo agradar, amar e por quem sempre quer ser
aprovado, agradado, amado.
Mas a
psique predisposta à timidez já inicia, creio eu, de certa forma embotada, um
tanto voltada para dentro, aguardando o momento de se isolar e passar somente a
pensar sobre como será a impressão que os outros terão sobre seus atos,
seus movimentos, sua fala, etc. e temer a desaprovação.
A pessoa tímida
parece estar totalmente voltada para ela mesma, não dando espaço para ser
conhecida. Este tipo de personalidade precisa ser conhecida e trazida para fora
com a ajuda de terapias, digo assim, pela diversidade que temos hoje em dia de
linhas psicoterápicas e trabalhos alternativos em saúde mental.
Vale
ainda dizer que urge desenvolver trabalhos que levem de volta as pessoas a elas
mesmas, trabalhos que possam redirecionar buscar no tempo e no espaço, onde foi
que ocorreu a critica e porque a pessoa ficou tão afetada, tão
tímida.
Portanto,
o trabalho psicoterapêutico propõe buscar novamente o equilíbrio psíquico de
certa forma perdido, abalado, desestruturado. Com o olhar sempre cauteloso de
ver, enxergar o sujeito como um todo em suas particularidades, como no caso da
timidez, Procurando liberar a energia que ficou retida no momento da
critica, trazendo o sujeito a falar sobre o assunto, a fim de liberta-lo do malefício
causado. Daí em diante iniciará outro processo, o de contar sua estória,
buscando pela vida a fora a troca de experiências tão enriquecedora para a
evolução do ser.
Em nosso
espaço, oferecemos este e outros tipos de trabalho, sempre direcionados a
evolução humana.
Vania de Oliveira
Psicóloga Clinica