segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tempo... tempo...tempo


Tenho reparado como esta pequena palavra tem sido usada com mais freqüência ultimamente.
A referência ao tempo, nas suas várias conotações, parece estar se integrando ao intimo das pessoas e sendo parte constituinte de fenômenos emocionais tão presentes no nosso cotidiano moderno.
O tempo que até então poderíamos dizer que somente era um sistema cronológico, como por exemplo, nos direcionar pela história da humanidade, das ciências exatas como temporizar os fenômenos da física, metereológicos, como nos dar a previsão do tempo, hoje ele tem tido um caráter mais emocional.
Com as mudanças do eixo da terra, a impressão que nos dá é que as coisas estão cada vez mais rápidas tudo está passando com maior velocidade, os anos estão se passando num piscar de olhos.
Essa sensação é uma realidade – o tempo está passando cada vez mais rápido.
Quando pensávamos há vinte anos, no futuro era algo bem distante que não gerava angústia, sentíamos que ainda tínhamos um longo caminho pela frente, hoje pelo contrário se nos projetarmos daqui á vinte anos parece algo breve e preocupante, ou seja, angustiante.
Vários são os sentimentos decorrentes da rapidez com que o mundo está girando, medo de não conseguirmos realizar nossos sonhos e projetos de vida, medo de não conseguir fazer as mudanças que queremos, medo de não poder ver os filhos crescerem, ou de não poder tê- los, medo de errar ou fracassar e não se recuperar, medo de perder aqueles que amamos (pais, avós, esposas e esposos), medo da velhice, medo da solidão, da aposentadoria, ou de não se aposentar, medo de ter que recomeçar, acredito que cada um deve ter um medo secreto ou exposto sobre a passagem do tempo.
E a falta de tempo? É uma realidade? Ou algo em que nos apoiamos para não pensarmos na velocidade com que o tempo está passando, e assim justificamos nossa falta e ausência com nós mesmos e com aqueles que estão a nossa volta.
A conseqüência disso tudo é a crescente onda de ansiedade e depressão que assola o mundo moderno.
A cobrança de prazos, a rapidez das informações, a evolução tecnológica tudo a nossa volta nos remete ao tempo.
Presente e futuro às vezes se confundem e nos parece que estamos perdendo tempo e agimos na ansiedade de uma emergência.
Engatilhamos um processo mais ou menos assim: angústia →ansiedade →ação →frustração →depressão.
Este processo culmina para doenças famosas e mais comuns do nosso “tempo” como transtorno de ansiedade, depressão, stress, fobias.
Espero poder ter tido algum êxito na forma de me expor, e que possamos pensar no tempo não como algo assustador ou um vilão, que está agindo contra nós, mas de vermos também de outro ponto de vista como um evento que sim está presente, porém nos pode ser favorável nos diversos âmbitos de nossa vida.
O tempo é o que fazemos dele bom ou mau nós é que temos a escolha.
Sheila Regina

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