sexta-feira, 20 de maio de 2011

A angústia do homem moderno



O homem moderno sofre uma série de dúvidas e conflitos, que o levam a muitos momentos da vida a não saber como lidar consigo mesmo e com as cobranças do mundo externo.
A sociedade apesar das mudanças concretas dos papéis masculino e feminino ainda se exige muito do homem.
Atualmente percebo que os homens tem tido dificuldade em lidar com situações que até então era tipicamente do masculino tais como “chefiar a casa”, hoje em dia a mulher praticamente desempenha este papel com tranqüilidade, além de trabalhar fora, não estou aqui defendendo nem um nem outro gênero, apenas colocar em questão a angústia do homem.
Este que ouviu por décadas que homem não chora que deve saber tudo, tem que ser forte, mas que ao mesmo é cobrado em sua sensibilidade, romantismo, é um grande conflito interno ter que ser a “bela e a fera”.
Acredito que cresce na sociedade uma dinâmica onde as crianças, são poupadas de enfrentarem a realidade, neste caso os meninos são postos a prova com bem mais idade do que há alguns anos atrás, o despreparo para a vida fica nítido, e em decorrência disto acontece o que chamamos de síndrome de “Peter Pan”, são homens que não conseguem crescer no sentido nato da palavra, pois tem medo de enfrentar a realidade, e se frustrarem, são os eternos adolescentes.
Saem de casa mais tarde, quando se casam tem medo de serem pais, não assumem cargo de chefia no trabalho, internamente são meninos ainda.
A dor interna desses homens é grande, pois vai de encontro, muitas vezes a sonho e desejos que não conseguem realizar, neste caso fica a angústia de não poder ser e ter o que se quer.
Situações como uma não promoção no trabalho, falência, desemprego constante, relacionamentos instáveis ou dependentes, podem estar relacionados a este menino que ainda teme em crescer e conquistar seu lugar no mundo e se ter momentos felizes consigo e com o outro de modo saudável e tranqüilo.
É possível encontrar a sua identidade e ter concretizado o seu papel no mundo não só como homem, mas como alguém que chora que ri que sofre que tem medo, se alegra, é sensível e bravo quando deve ser, enfim um ser humano!



                                                                                                                     Sheila Regina




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